10. Osvaldo Filho, Disruptor Digital Rural
Destaques
Experimente antes de ouvir, assim como você prova o queijo antes de comprar.
O Disruptor Digital, Rural, e Artesanal: Oswaldo Filho
Neste episódio especial de Natal do podcast Mais que Demais, apresentado por Dan Strongin, conhecemos a inspiradora trajetória de Oswaldo Filho. De um pequeno vilarejo em Minas Gerais, Oswaldo transformou o mercado de queijos artesanais ao enfrentar leis rígidas e infraestrutura precária para vender seus produtos online. Com o apoio do Sebrae e uma visão inovadora, ele levou os queijos de Alagoa para além das montanhas, revitalizando a economia local. O episódio é uma celebração da tradição, da coragem e da mentalidade positiva que impulsiona mudanças significativas.
Capítulos:
00:00 Introdução ao Podcast MaisQDEmais
01:02 Edição Especial de Natal com Oswaldo Filho
01:58 A Tradição do Queijo Artesanal de Minas Gerais
04:04 Oswaldo Filho: O Tropeiro Digital
05:02 Desafios e Inovações no Comércio de Queijo
06:32 Apoio do Sebrae e Crescimento do Negócio
10:23 Estratégias de Marketing e Conexão com o Cliente
26:03 Expansão e Qualidade na Produção de Queijo
33:36 Desafios e Soluções na Logística de Queijos
37:09 Histórias de Sucesso e Fracasso
42:20 A Velha Guarda: Sabedoria e Tradição
51:34 Dicas para Empreendedores nas Redes Sociais
56:47 Distribuição e Premiações
01:03:30 Encerramento Inspirador
Transcrição: Episódio 10: Osvaldo Filho, Disruptor Rural.
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Bem-vindos ao podcast mais que demais, um podcast sobre desafios reais de negócios de pessoas reais que colocam a própria pele em jogo diariamente, tentando prosperar em mercado, desafiar experiências honestas, pensamentos pessoais, histórias autênticas e sempre com um toque de bom humor. Meu nome é Dan Strongin.
Estou aqui com a velha guarda. Junte-se a nós e faça parte dessa conversa.
O podcast maisQDEmais é oferecido por TudoNaLinha.com.br e pelo método IDW, ajudando você a inovar seu trabalho diário [00:01:00] para ganhar mais.
Dan da @tudonalinha: Bem-vindo à nossa edição especial de Natal como um convidado especial, Oswaldo Filho. Todos nós, nosso convidado, a velha guarda e eu desejamos a todos vocês um Feliz Natal e um Ano Novo maravilhoso e cheio de sucesso. Sei que muitos de vocês que estão ouvindo estarão trabalhando neste período de festas e agradecê-los.
Celebramos as pequenas e médias empresas que fazem nosso mundo funcionar.
Agora é um ótimo momento para espalhar a palavra sobre empresas como a sua. Clique no coração ou no botão abaixo para curtir nosso podcast e aproveite para clicar em seguir. Mais curtidos e seguidores dão mais visibilidade a essas histórias incríveis.
Imagine [00:02:00] um pedaço de Minas Gerais, onde o tempo escorre tão devagar quanto o leite cru de um balde recém-cheio. Onde o queijo artesanal, com seu sabor único, não é só alimento, é identidade, é cultura, é memória. Por séculos, esses queijos ficaram escondidos entre as montanhas e rotas de tropeiros, conhecidos apenas por quem se aventurava por essas paisagens.
Até que, um dia, alguém usou dizer basta. Em 2009. Oswaldo Martins de Barros Filho, um descendente de tropeiros, olhou para a tradição e enxergou além. Não viu apenas queijos, viu histórias. Não viu barreiras. Mesmo enfrentando leis rústicas rígidas, infraestrutura precária e [00:03:00] a aparente loucura de vender queijos, pela internet.
Ele viu possibilidades e, contra todas as probabilidades, decidiu agir. Oswaldo não molda o queijo com as próprias mãos. Ele molda o desenvolvimento rural enraizado na tradição. Ao unir oito produtores sob uma marca, levou o queijo de Alagoa, Minas Gerais, para além das montanhas, cruzando fronteiras, no processo transformou a vida dos moradores deste vilarejo bucólico e contribuiu para a revitalização de uma região inteira.
Essa não é só uma história de resistência, de coragem, de enxergar o invisível. Prova viva de que os limites existem apenas para serem superados. E sobre pegar o que se tem e criar algo [00:04:00] maior. E disrupção na escala humana. Hoje, não mais que demais, vamos explorar essa trajetória extraordinária. Vamos celebrar a visão e a disciplina desse tropeiro digital e descobrir como suas escolhas podem nos inspirar a reimaginar nossos negócios e superar os próprios limites.
Prepare-se! Esta não é só uma história para ouvir, é uma história para sentir. Bem-vindo ao episódio O Disruptor Artesanal Osvaldo Filho. Oswaldo Filho.
Fala sobre sua viagem em comércio.
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Em 2009. A internet aqui, em Alagoa, era aquela dial-up ainda, discada, era acesso discado, né? Fazia barulhinho para ligar a internet. Inho, inho, shh, aquela chiadeira, né? A internet, a rádio, estava [00:05:00] chegando aqui a Alagoa em 2009. E tudo começou…
A minha mãe, a dona Clarice, pediu para eu fazer uma visita para o Sr. Batistinha, sendo um produtor de queijo no bairro do Rio Acima, aqui de Alagoa. Alagoa é uma cidadezinha de 2.700 habitantes, está no sul de Minas Gerais. Para o pessoal se situar, nós estamos a 330 quilômetros de São Paulo, 250 quilômetros do Rio e uns 490 quilômetros de Belo Horizonte.
Então, nós estamos aqui no sul de Minas. Alagoa é a mais alta das terras altas da Mantiqueira. Então, minha mãe… Pediu para eu visitar o Sr. Batistinha, sendo um produtor de queijo, aí cheguei para visitá-lo e perguntei se estava tudo bem, ele falou que não estava nada bem, a pessoa que comprava o queijo dele na época pagava um preço risório no queijo e tinha a bárbara coragem de dar um cheque para 40 dias, então foi isso que me provocou, foi isso que me incomodou, falei, meu Deus, tem que fazer alguma coisa para auxiliar o Sr [00:06:00] Batistinha, e aí comecei a pensar naquilo vários dias, por Deus, veio um sentimento muito forte, vende queijo pela internet, pensei estou ficando doido vende queijo pela internet, e voltou o sentimento muito forte, vende queijo pela internet, e foi aí que fui procurar no Google, comércio de queijo pela internet, zero resultado, venda de queijo pela internet, zero resultado, comércio eletrônico de queijo, zero, tudo que eu pesquisava de queijo de venda pela internet estava zero, eu falei, uai Se ninguém está vendendo é um caminho para vender, é uma oportunidade.
Entrei em contato com o Sebrae na época, e aqui registro meus sinceros agradecimentos ao Sebrae. O Sebrae apoia as pequenas e médias empresas. É um grande parceiro Desde 2009, o Sebrae é um grande parceiro. Eu brinco que sou Sebrae lover. Amo o Sebrae porque ele está comigo desde o início. Em 2009, eu entrei em contato com o Sebrae.
A Ticiana, na ocasião, era analista técnica do Sebrae. Hoje, ela é [00:07:00] coordenadora do território Mantiqueira do Sebrae. E ela vibrou com a ideia, Dan. Ela vibrou com a ideia. Ela falou que é legal, vai dar certo. Ela acreditou que dava certo. E ela me mandou um monte de material para estudar, de e-book, de comércio eletrônico, de plano de negócio.
E a primeira dica que dou aqui é que no negócio a gente não pode parar de estudar. Desde 2009 até hoje, eu não paro de estudar. Estou sempre estudando, sempre lendo alguma coisa, sempre vendo alguma coisa nova, sempre aprendendo. A gente tem que ter essa habilidade de estar sempre aprendendo algo novo.
Então varei várias madrugadas a fio estudando aquele material que ela me mandou e fui desenhando o plano de negócio. Quando chegou no plano de negócio, na parte da logística, eu entrei em contato com várias transportadoras,. Ninguém queria vir coletar. E aí, porque era pouca quantidade, a Alagoa não tinha asfalto ainda naquela ocasião. Aí fui ao correio e falei: moça, pode mandar queijo pelo correio?
Aí a mocinha falou assim: olha, ela olhou na lista de proibidos e falou assim: olha, não pode, droga. [00:08:00] répteis, insetos, formiga, abelha e tal, não pode. Queijo não é proibido, então é permitido. E daí vendi três pecinhas de queijo em 2009. De novembro a dezembro, eu fundei a Queijo da Alagoa Minas Gerais, em novembro de 2009. Esse novembro, agora, a gente completou 15 anos, então vendemos três pecinhas de queijo só.
E foi o suficiente para acreditar que daria certo. Eu sempre falo, pessoal, uma dica: sonhe grande, mas tem que começar pequeno, mas nunca deixe de sonhar, tem que começar.
O Sebrae tem uma grande variedade de cursos e de projetos que eles têm. Participei já do projeto, por exemplo, de oficina de aprender a tirar foto online dos produtos. ou seja, tem vários cursos do Sebrae que são fáceis de fazer, rápidos e sem contar o programa que ele tem aqui em Minas Gerais, chamado Programa Origem Minas, que abre portas para a gente [00:09:00] participar de feiras.
Então participei representando Minas Gerais em várias feiras fora de Minas Gerais, levando o nosso queijo e tendo acesso a mercados que eu jamais teria se eu não tivesse apoio do Sebrae. Então, assim, o Sebrae é um parceiro muito grande. O nosso Clube do Queijo também, né? Quando fui desenvolver o Clube do Queijo, tem uma linha do Sebrae que se chama Sebrae Tech, aí o Sebrae subsidiou do valor do design de embalagem para o Clube do Queijo.
Então, eu lancei o Clube do Queijo com apoio do Sebrae Tech, sendo do Sebrae. Então, assim, é muito legal o Sebrae. É um grande… eu sempre falo que sou um Sebrae lover.
Apresentadora Carol: O próximo segmento é apresentado a você pelo método IDW Oficina de Ganho Rápido.
Dan da @tudonalinha: nem toda inovação precisa ser disruptiva. Muitas das inovações mais vantajosas e lucrativas são modificações simples que têm impacto significativo em seus ganhos. Mudanças [00:10:00] sutis podem fazer toda a diferença nos negócios. São essas inovações no nosso cotidiano que celebramos em nossos workshops IDW. Para obter mais informações, envie um e-mail para o dan@gestao.guru.
Então, quando você percebeu que precisaria criar uma narrativa de marca que fosse além do produto em si, sua mala que você tem. Primeiro, descrever a mala para todo mundo, porque somos áudio não pode mostrar, mas descrever.
Osvaldinho da @queijodalagoamg: É, olha, eu sempre fui um apaixonado por Alagoa sabe, eu nasci em Santo André, São Paulo, meu pai é aqui de Alagoa né, Minas Gerais, a minha mãe é de Santo André, São Paulo, então com oito meses vim para cá, meu pai com a minha mãe voltaram para Alagoa em [00:11:00] 1985, né, e aí eu brinco que sou paulista natal e mineiro vital, né, então cresci em Alagoa e eu sempre fui apaixonado por Alagoa E através do queijo foi uma oportunidade que tive de poder divulgar Alagoa para o mundo inteiro, então a minha marca, eu fiz questão de criar a Queijo da Alagoa Minas Gerais, né, preservei o nome da Alagoa Minas Gerais, porque eu queria, seria uma forma de através do meu negócio eu poder falar do meu município, mostrar meu município para todo o mundo, né, para o mundo inteiro, e eu fiz questão de fazer, a minha logomarca tem o, o brasão né, da estrada real, né Para lembrar a estrada real, para lembrar toda essa questão do ouro, da colonização que teve aqui, que levou o ouro embora.
Levou o ouro, mas não levou o queijo graças a Deus. E daí, então, a nossa marca tem o, o grandão, para falar de Alagoa para mostrar o de Alagoa. A questão da montanha tem no brasão, tem a montanha que a [00:12:00] mantiqueira e o amarelo que é o ouro e é o queijo. E o verde, sendo a mantiqueira, o verde da esperança, o verde da araucária, o verde do meio ambiente.
Então, eu peguei e reuni os que eu achava que eu sempre admiro aqui em Minas Gerais aqui em Alagoa e levei isso na marca. A mala, a mala do queijo ela foi um sucesso. Desde 2017, eu recebi convite da… A FAENG é a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais. A FAENG é uma grande parceira também.
Ela teve um papel crucial de importância para o queijo em Minas Gerais. E na nossa vida também foi um divisor de águas, porque a viagem para a França, o prêmio que recebemos na França mudou a vida do município aqui. Não só da nossa empresa, mas de toda a cidade de Alagoa. Tem o antes do prêmio do queijo de Alagoa e depois do prêmio na França.
E a mala foi feita exclusivamente para a viagem da [00:13:00] França. Mandei fazer uma mala verde. Ela é uma mala de rodinha. E aí está escrito assim, fui para Minas Gerais em busca de felicidade e voltei com um monte de queijo. Aí está a minha marca, está o Instagram, está o Facebook e está a montanha até mostrando Alagoa.
E essa mala fez um sucesso tremendo lá no aeroporto internacional de Confins. As pessoas falavam assim, moço, posso tirar foto da mala? Eu pensava comigo assim, é claro que pode, foi para isso que fiz. E aí eu falava, claro pode tirar, me marca no Instagram. Aí marcava, arroba queijo da Alagoa–MG. Inclusive deixo convite para quem estiver escutando a gente hoje no podcast, segue no Instagram, @queijodalagoamg.
Estamos com 100k no Instagram, vamos ver se a gente consegue bater um milhão de seguidores no Instagram em breve aí, tá? E daí, a mala fez
um sucesso, tanto é que o doutor Lauro que era o diretor de marketing da Faeng, ele falou, Osvaldinho, essa ideia da mala foi sensacional
[00:14:00] Osvaldinho foi ótima essa mala, né, e teve outro detalhe interessante, Dan, que além da mala, eu tenho a caixinha da felicidade que é uma caixinha verde, né, o pessoal está escutando a gente, é uma caixinha verde, com a nossa marca, né, do lado da caixinha, ela é de papel, papelão a caixinha, do lado da caixinha tem uns trançadinhos de palha que é para lembrar o balaio de bambu, que o meu bisavô, Jeremias Sene, ele era tropeiro, meu bisavô, olha que interessante, meu bisavô ele embrulhava os queijos em folha de bananeira, colocava em balaio de bambu, em cima do lombo do burro, atravessava a Serra da Mantiqueira para vender queijo lá no Vale do Paraíba, em São Paulo, e por vezes ele vendia em Resende no Rio de Janeiro, né?
E aí, eu brinco que sou tropeiro digital, né? Eu vendo pela internet o Brasil inteiro. Então, a Caixinha da Felicidade ela tem esses trançadinhos para poder lembrar do meu bisavô Jeremias Sene, né? E foi legal, porque aí fui à Torre [00:15:00] Eiffel, tirei foto da caixinha e atrás da Torre Eiffel. No Castelo de Chamando, o castelo atrás e a caixinha do gramado do castelo.
Fomos ao Arco do Triunfo também. Aí fomos ao Museu do Louvre, né? Aí foi interessante, Dan, porque… Vários seguidores estavam me acompanhando pela internet e aí a Faen alugou um ônibus para a missão técnica, foram 10 dias na França, né? E aí os 40 mineiros desceram para poder conhecer o Museu do Louvre e eu saí que nem um doido lá no centro da França.
Ao invés de ir para o Museu do Louvre, eu falava bonjour, s'il vous plaît la poste la poste Fui procurar um correio. Onde tinha correio? Aí achei um correio lá na França lá no centro de Paris, e eu consegui mandar queijo Para Florange, perto do Luxemburgo, e para a região de Bordeaux. Brasileiros estavam acompanhando a minha viagem pela internet.
Falei, Osvaldinho, você tem queijo para vender aí? Eu brinco, que sou o primeiro brasileiro a mandar queijo pelo Correio da França, o La Poste da França.
Dan da @tudonalinha: Que bom! [00:16:00] Osvaldinho,
Como você equilibrar a pessoa pública do empreendedor com sua face mais privada estratégica?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Olha Dan, isso é uma dificuldade que tenho, porque sou muito ansioso e eu não consigo ficar segurando muito as estratégias que tenho para o futuro, eu sou muito imediatista já gosto de executar se não der certo a gente vai corrigindo, enfim eu sempre tenho comigo que feito é melhor do que perfeito, então vou fazendo vou perfeiçoando, né?
E a minha esposa sempre pega no meu pé porque ela tem com ela que a gente tem que ser mais criterioso tem que entregar melhor, né? E esses dias meu filho chegou com uma frase da professora dele que achei muito bacana tudo que tem que ser feito merece ser bem feito então vai juntando tudo, né? Então a minha estratégia, eu sempre falo aqui Tudo que a vai fazer, a gente ama o que a gente faz, e a gente procura fazer da melhor maneira possível, todos os dias.
A gente está sempre fazendo da melhor maneira possível. [00:17:00] Agora, como que você perguntou para mim, como que consigo lidar a minha vida privada com a vida pública? Acabo expondo bastante coisa pública, as minhas viagens, eu sempre compartilho no Instagram, nas redes sociais, quem me acompanha no Instagram, vai vendo onde estou, uma hora estou aqui, outra hora estou em São Paulo, outra hora estou em outro lugar, e o pessoal acaba criando vínculo acho que isso é legal, que cria vínculo com o cliente cria…
Conexão isso é importante para vendas, né, Dan? Criar conexão com o cliente né? Inclusive esses dias fui chamado para dar palestra no RD Station, uma plataforma de e-mail marketing, porque vários e-mails meus batem mais 50% de taxa de abertura. A média do mercado é de 10% a 15% a taxa de abertura de e-mail marketing, né?
E tem e-mail meu que bate 50%. Aí o cara da RD falou, o que você faz, Valdinho, né? Eu falei, olha, eu particularmente eu não gosto de receber muito e-mail marketing, né? Eu não gosto de ficar com a minha caixa de e-mail [00:18:00] cheia. Ninguém gosta, na verdade. Então, eu me coloco no lugar do consumidor. Se eu não gosto de ficar com a minha caixa de e-mail cheia…
Imagino que meu cliente também não quer ficar recebendo 300 e-mails por mês da Queijo da Alagoa. Então, eu procuro mandar poucos e-mails por mês. E todos os e-mails que mando, eu uso o storytelling, que é contar história. Amo contar história. As minhas vendas tudo que faço no meu negócio é contando história.
Então, os meus e-mails são contando história. Então, quando vou lançar um queijo, por exemplo, agora recentemente, eu contei a história do Nathanael, sendo micro produtor de queijo de cabra. Eu sempre trabalho com queijo de vaca, mas ele me procurou, Osvaldinho, tem como você vender meu queijo de cabra? E eu provei o queijo dele, é delícia, Dan.
Uma suavidade o queijo, não tem gosto de bode, porque tem queijo de cabra que tem gosto de bode. O queijo dele é um queijo suave. Aí descrevi no e-mail, contei história, quem que era o Nathanael Um micro produtor que faz 3 quilos de [00:19:00] cabra por dia só de queijo. Isso vai ativando o gatilho da escassez. Vai conectando como você falou, para sentir.
Você vai sentindo a história. Meu, mandei o e-mail, mandei o queijo de cabra o dia inteiro. Já esgotou o estoque. Agora estamos tendo que repor. E como o cliente já sabe que é pouca quantidade, quando acabo de mandar o e-mail, já vai esgotando no site. Já coloca o e-mail, olha, se você leu esse e-mail tardiamente da noite ou no outro dia, pode ser que o estoque já esteja esgotado.
Em breve, nós vamos repor o estoque Ou entre em contato com a Ana no Zap do SAC, já fica na listinha de espera. Tem vários queijos nossos, Dan, com fila de espera. Justamente por isso. É pouca quantidade, é produção pequena, é produção restrita. Isso gera fila de espera. Em parte isso é ótimo. Porque a fila de esteira, tudo isso gera o gatilho da escassez e o cliente valoriza ainda mais o nosso produto.
Dan da @tudonalinha: Ele leva a um bom ponto. [00:20:00] A maioria de negociantes pode ser imediatista, mas não tem a avencão de ter tanta facilidade de falar com o público e não sentir, ou aparentemente não parece que você está nervoso na frente de pessoas, fala com qualquer pessoa. E você é sincero quando fala imensa gratidão você realmente significa imensa gratidão.
Então, o que você pode compartilhar com eles? E tem um pouco medo. Atuar em público, para colocá-los na frente. Tem algumas coisas que você fez nas poucas vezes que você se sentiu um pouco inseguro? Ou o que você pode… Compartilhar sobre esse assunto Olha,
Osvaldinho da @queijodalagoamg: acho que a gente não deve ter Vergonha de Falar do nosso negócio, falar do nosso [00:21:00] produto Porque É um trabalho honesto que a gente faz Acho que o fato da gente ter Satisfação de fazer o que a gente faz De amar o que a gente faz, eu acho que isso também dá um gás Dá uma energia, dá um Uma força maior De enfrentar a câmera, de enfrentar o público Hoje, com muita facilidade Eu pego o celular, gravo stories Faço reels enfim Hoje com muita facilidade No começo, eu não tinha iPhone No começo era um Nokia, era simplesinho Você tem uma ideia?
Eu não tinha Instagram Eu usava Facebook na época Eu só fui usar Instagram Quando mandei um queijo Para um cliente do Rio de Janeiro, eu não sabia, era a Casa Carandai, era em frente a Globo lá no Rio de Janeiro, e aí no Orp Florestal, se não me engano, se não me engano, né? E aí o Lulu Santos comprou o queijo, o Lulu Santos postou no Instagram, na época o The Voice Brasil era um programa de show, de cantor e tal, que era famosíssimo estava bombando, [00:22:00] estava na estreia do The Voice, e ele publicou o pão E o nosso queijo, e aí todo mundo me ligando, o Saldinha sentava no Instagram da Lulu Santos, eu falei, meu Deus do céu, eu não tenho Instagram, porque o meu celular era simplesinho era um Nokia, sabe?
Era daqueles antigão lá, e aí tive que trocar o aparelho que tivesse Android para poder ter o Instagram. Aí comecei a gravar mais, e no começo a resolução da foto era ruim, mas aí que tá, a gente não pode ter vergonha, a tem que começar, o importante é começar, né? E para quem tem vergonha de gravar vídeo, para quem tem vergonha de falar, eu recomendaria que começasse, começa, você vai perder a vergonha.
Com a prática, com a constância, com o fato de você ir repetindo, você vai ficar bom por repetição daqui a pouco você não vai ter vergonha, e o quanto é bom você poder pegar o celular, gravar stories onde você estiver. Hoje gravo, teve uma vez que fui para a França, Na segunda viagem que fiz para França, aí minha [00:23:00] esposa falou assim, olha não quero trazer que você traga perfume, não quero que você traga chocolate, eu quero que você traga para mim uma panela da Le Creuset.
Maravilha vou trazer uma panela da Le Creuset para você, né? Fui lá na loja da Le Creuset, aí mostrei meu Instagram para moça da loja, a moça, nossa, que tanto seguidor que você tem e tal, quer que eu faça um vídeo? Ela falou, pode fazer. Gravei um vídeo na Le Creuset, lá da França, né? Ou seja, no meio das francesas lá, gravei um vídeo elas ficaram assim, maravilhadas e tal Enfim a gente não pode ter vergonha quando você não tem vergonha de gravar de falar do teu produto.
E como a gente conhece o nosso produto, eu acho também da… O que dá segurança para a gente fazer o que a gente faz é conhecer o produto, conhecer a história, conhecer e acho que fica mais fácil, fica mais fluído a questão de você perder a vergonha perder a timidez e gravar. Tive agora, recente recebi convite para participar do jantar lá com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais para celebrar que o Queijo Minas Artesanal [00:24:00] é patrimônio cultural e material da humanidade pela Unesco, apesar de Alagoa não fazer parte das 10 regiões, mas Alagoa é região produtora de queijo artesanal de Minas.
E aí o mesmo secretário me convidou e eu fui com o maior prazer lá, gravei lá com ele, na hora, na frente dele, tirei foto com ele, gravei com ele. Normal, sabe, não tem vergonha então o meu conselho para o empreendedor que tá ouvindo a gente aí não tenha vergonha porque a vergonha não vai pagar a tua conta, né, porque vai pagar a tua conta é o post, é o score, é o rio, né, assim como o comerciante todo dia abre o comércio dele lá de manhã, a gente que trabalha com internet tem que fazer um post por dia, pelo menos para abrir o nosso comércio, para comunicar que a gente existe e que a gente tá vendendo o nosso produto, né.
Dan da @tudonalinha: se você está gostando deste podcast, curta, compartilhe, inscreva-se no nosso podcast.
Tem gente que começa
pequeno, mas com o tempo essa pessoa se torna o rosto de uma grande empresa [00:25:00] gerações depois, todas as embalagens ainda estampam a imagem dessa figura como aconteceu com o Colonel Sanders do kentucky fried chicken, e KFC, certo?
Mas se você não tem esse luxo você vende qualidade, certo? Sua produção vem de fazendas familiares, o que significa que é pequena e difícil de ampliar sem perder a essência. Se você deixar de fazer tudo de forma artesanal, o produto não será o mesmo. Então, conforme você cresce, como manter essa qualidade? Como aumentar a rentabilidade sem prescindir do que faz seu produto ser único?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: garantindo a continuidade e o lucro da marca. A solução comum de simplesmente ampliar a produção não funciona no seu caso. Então, qual é o caminho? Sim. Então, Dan, o que acontece? Realmente são pequenos [00:26:00] produtores, a produção é limitada. O que está hoje, lembra que falei que comecei com três pecinhas de queijo em novembro de 2009? Hoje, atualmente, nós estamos com oito produtores parceiros e nós estamos vendendo três toneladas de queijo por mês.
Então assim, apesar de ser pequeno produtor, como junta a produção de vários pequenos produtores, está dando três toneladas por mês, né? Uhum A minha intenção, o primeiro lugar que estounversando está sendo aqui, no podcast. O ano que vem, se Deus quiser, eu pretendo fazer a minha produção também. Estou alugando um imóvel rural, são sete hectares, 300 litros de leite por dia, vai dar uma média de 27 pecinhas de queijo por dia.
A média de leite para aquilo é 10 a 12 litros de leite para um quilo de queijo do queijo artesanal Alagoa. Então, A partir de janeiro se Deus quiser, eu [00:27:00] já vou ter a minha própria produção. Vai ter… Muitos clientes falavam, Osvaldinho, cadê o queijo do Osvaldinho? Quero o queijo do Osvaldinho. Então, eu vou continuar com o queijo do São Márcio, o queijo do Eli, o queijo do São Batistinha, do Rogério, do Leandro, do Juliano, do Nathanael que é o de cabra.
E também vai ter o queijo do Osvaldinho, se Deus quiser. É uma forma, Dan, da gente poder também dar mais opção para o cliente aumentar a venda, aumentar a quantidade de venda. E a partir do próximo ano, eu vou estar focado 100% no queijo da Alagoa Minas Gerais, que até então eu tinha um vínculo com a Prefeitura de Alagoa como servidor Público municipal, cargo comissionado.
E a partir de janeiro, eu vou ter um vínculo com a Prefeitura vou continuar com o vínculo, mas vai ser um vínculo de consultoria, eu vou continuar dando consultoria para a Prefeitura na área de turismo, através do meu Instagram, eu vou divulgar a Alagoa semanalmente para o mundo inteiro, que amo, já sempre fiz isso, e agora vou ter um vínculo com a Prefeitura [00:28:00] só para isso, só para divulgar a Alagoa.
E uma vez por mês, eu vou à Secretaria de Turismo, vou planejar, fazer um planejamento de marketing para o turismo daquele mês, e semanalmente vou divulgando algum ponto turístico de Alagoa no meu Instagram. Então, isso vai me dar mais tempo para eu focar na questão da Alagoa Minas Gerais. Então, eu creio que a partir do próximo ano, a questão da Alagoa vai crescer mais Porque vou estar mais tempo fazendo vídeo, fazendo post lá na roça, filmando as vaquinhas fazendo vídeo na roça no queijo, com a mão na massa de uniforme de branco fazendo queijo vai ser muito legal estou muito ansioso, estou muito empolgado com essa nova fase da nossa vida, se Deus quiser.
Falando da qualidade, isso depende dos seus produtores, você decide como cuidar dos parceiros que escolhe. Por outro lado, na questão da lucratividade, você e sua esposa estão atentos a esse [00:29:00] ponto, garantindo que o negócio continue saudável? Sim, a Débora é muito criteriosa, todos os nossos queijos, para você ter uma ideia, todos, todos os queijos são premiados, são mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, então assim, o que você falou é verdade, eu prezo por qualidade, todos os queijos têm que ter qualidade, né?
A qualidade, ela é reconhecida através dos prêmios também, né? E o mais gostoso é o cliente comer o queijo, por exemplo, do Batistinha, ou do Eli, ou do Somarço, ou do Nathanael, ou do Juliano, né? E falar assim, olha, eu quero esse queijo aqui de novo. Isso aí é o maior chancela de qualidade, é o consumidor fazer a recompra, né?
Ontem tive uma reunião com o meu gestor de tráfego, e ele falou, Osvaldinho, o teu tráfego orgânico é muito bom, né? E além do tráfego orgânico ser muito bom, a recompra tua é muito alta, né? Por quê? O cliente [00:30:00] fideliza, né, Dan? A qualidade, por ser boa, o atendimento por ser bom, o pós-venda, né? Porque não adianta você ter um marketing legal.
É importante ter um marketing legal, é importante ter um produto bom, e é importante ter um pós-venda muito bom também, né Porque aí você faz o ciclo completo, né? Antes, durante e depois. Isso faz com que a gente consiga, o cliente consiga perceber A qualidade do produto, e volta a comprar de novo. Então, isso aí garante o sucesso do negócio.
Dan da @tudonalinha: você que está olhando para criar esses sistemas de logística, os caixas quanto dinheiro você precisa ganhar por queijo, ou você tem outras pessoas trabalhando com você que fazem isso?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Olha, essa parte de gestão sou eu que faço ainda. TenTenhoenina que trabalha no financeiro a Bianca. Tem a minha irmã a Clara, que cuida da parte.
Ela é gerente, ela fica responsável por [00:31:00] toda a operação do correio operação da coleta do queijo, da expedição. Tem a Ana Paula, que só fica no WhatsApp, só fica o dia inteiro respondendo no WhatsApp. Tem a Carol, que fica responsável pela expedição no correio. Tem o Anderson, que fica na parte da embalagem, só fica embalando o queijo, o dia inteiro embalando o queijo, montando caixinha e embalando o queijo.
O meu filho também tem ajudado nessa parte operacional e tem me ajudado também na questão do marketing. Ele já está editando o vídeo para mim, já está me ajudando na parte da internet. E tem um funcionário que trabalha na loja de Alagoa o Léo, e tenho duas funcionárias… A Carol com a Flávia, que trabalha no Empório em Passa Quatro.
Então, é uma equipe enxuta. Acaba que eu ainda faço muita coisa do operacional. A ideia é que futuramente eu consiga ficar mais na parte gerencial e deixo mais a parte operacional para outras pessoas. Mas assim, eu amo vender. A minha satisfação, eu gosto de vender. Amo fazer o marketing. Sou [00:32:00] formado, Dan, em Direito.
Formei em Bacharel de Direito em 2007. Aí eu brinco que vi que meu negócio não era Direito Comecei a divulgar a causa do queijo. No queijo eu me descobri essa questão do marketing, essa questão da venda Aflorou demais. Tenho uma história engraçada. Quando eu tinha sete anos, meu pai já me ensinou a trabalhar.
Então, ele sempre ensinou que o trabalho era… Era digno para o homem. A honra do homem é trabalhar. Então, eu tinha sete anos e minha professora fazia canudinho de doce de leite. Canudinho é tipo uma massinha de pastel, sabe? É uma massinha bem salgadinha e no meio ele é recheado de doce de leite de Minas Gerais.
Então chama canudinho. E aí o cunhado dela fez uma tábua cheia de furinho, eu colocava os canudinhos. Eu ia lá na escola vender. E quando não vendia tudo [00:33:00] na hora do intervalo do recreio da escola eu voltava na rua gritando olha o canudinho, dínio é do Osvaldinho, dínio, dínio já fazia marketing com 7 anos eu sabia que era marketing você.
Dan da @tudonalinha: ama isso
Osvaldinho da @queijodalagoamg: através do queijo fui descobrir a questão do marketing, a questão da venda e me apaixonei por isso, é muito gostoso
Além do problema logístico, como vocês sabem, muitas vezes no Brasil ainda não são de terra,
sem tanto asfalto ou infraestrutura. Existe também a questão da mão de obra. É comum ouvir produtores na roça dizer que enfrentam dificuldade em encontrar trabalhadores qualificados. Mas, no seu caso, você conseguiu operar um enxutamente e manteve a maioria dos mesmos produtores desde o início, como você conseguiu engajar [00:34:00] essas pessoas no seu sonho? e atrair outras ao longo do caminho
Osvaldinho da @queijodalagoamg: ótimo, realmente essa questão de logística é um gargalo no Brasil, a escassez de mão de obra está cada vez mais latente, está crescente essa questão da escassez de mão de obra, Aqui na Queijo da Alagoa Minas Gerais, a gente tem nossos valores, tem essa questão da nossa missão de levar o queijo da Alagoa Quando comecei eu sempre falava assim, olha, eu quero vender queijo onde nunca ninguém vendeu.
Para não atrapalhar, as outras pessoas já estavam vendendo. E a gente foi procurando passando isso para a equipe contagiando eles com essa… Com esse sentimento as questões éticas questões de problemas com o cliente tem cliente que acaba dando problema a gente sempre procura apaziguar resolver da melhor maneira possível reenviar para o cliente quando dá problema com o [00:35:00] correio que é um gargalo a questão da logística então a nossa equipe já aprendeu a resolver esses conflitos esses problemas com logística hoje o correio temos um grupo que está toda a nossa equipe da Queijo da Alagoa e está a gerente do correio de Varginha como somos um contrato pessoa jurídica você tem uma ideia Dan?
o nosso contrato o gerente do correio de Varginha veio aqui uma vez falou assim, Osvaldinho, BH mandou eu vir aqui Belo Horizonte, o correio de Belo Horizonte mandou eu vir aqui para te parabenizar porque o teu contrato com o correio mantém a agência do correio aberta em Alagoa isso é gratificante, muito legal é
incrível é
E aí ele trouxe um monte de brinde, trouxe caneta trouxe bloquinho de anotação de presente, enfim.
Então, hoje temos um grupo que está a nossos funcionários e está também a gerente do correio. Então, quando está um problema com o correio, já joga no grupo, fala, olha, aí a gerente ajuda a resolver. Se porventura extraviou ou, [00:36:00] enfim, aconteceu alguma coisa, já autorizo fazer o reenvio, ou seja, para o cliente não ficar lá sem o queijo.
Então, assim, a gente procura mobilizar a equipe, eles já têm esse espírito de resolver o problema, de deixar o cliente satisfeito. Agora, uma questão que você falou da logística é um problema que percebo no Brasil. Dá muita dor de cabeça, né?
Aí você falou da estrada de terra, eu lembrei que tenho um ditado comigo que se a vida te dá limão faça uma limonada, né?
Como ando muito em estrada de terra, suja muito o vidro de trás do meu carro, fica tudo empoeirado, porque ando muito em estrada de terra, né? E aí eu sempre escrevo no vidro do meu carro, eu escrevo a arroba queijo da Alagoa MG e escrevo assim, aí tiro a foto tiro a foto e posto se a vida te der poeira, faça um outdoor.
Perfeito,
Dan da @tudonalinha: perfeito Maravilhoso.
Osvaldinho da @queijodalagoamg: A [00:37:00] mensagem para quem tá nos ouvindo é isso, né? Fazer da dificuldade uma oportunidade uma facilidade para gente poder tirar proveito da dificuldade, né?
Dan da @tudonalinha: perfeito. Agora vamos mudar o ramo aqui para o tiro na mosca e o tiro no pé. O assunto é de falar sobre escolhas realmente,
aquelas que funcionam e aquelas que preferimos esquecer.
Pode compartilhar primeiro uma história de sucesso surpreendente, o momento em que você realmente tirou na mosca no seu caminho empreendedor.
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Olha, acho que o tiro na mosca, a sacada melhor que me aconteceu foi a viagem da França. Em 2017, eu acho que o convite da Faeng, o doutor Altino me ligou e falou, Osvaldinho, nós vamos para a França, teve uma reunião aqui em BH, o teu nome foi falado como referência em queijo em Minas vamos para a França.
Acho que esse foi o convite que mudou a empresa, que deu um [00:38:00] salto foi a viagem da França. Acho que a ida para a França, o prêmio que a gente recebeu lá, foi o grande tiro na mosca. O tiro na mosca foi o prêmio na França.
Dan da @tudonalinha: Aí maravilha! A maioria de podcasts de negócios fala apenas sobre sucessos, mas aqui no Mais que Demais não tememos o fracasso, aprendemos com ele.
Quem sabe muito falou muito, falhou muito. Oswaldo, pode compartilhar um tiro na pele conosco, algum erro espetacular que foi doloroso no momento, mas que, com o tempo, se transformou em uma lição valiosa, inspirando você a perguntar o que eu estava pensando?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Olha, vou contar três tiros no pé. Pode ser três tiros pé?
Dan da @tudonalinha: Sim, três.
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Primeiro tiro no pé… Quando eu estava começando, eu estava ávido para poder divulgar, divulgar, e aí cometi um erro, que agora [00:39:00] consigo tirar lição disso, mas na época eu não sabia. Quem está nos ouvindo que é comércio eletrônico que trabalha com negócio digital, precisa anunciar no ambiente digital.
E eu cometi uma falha gravíssima de gastar na época, R$ 500,00, era muito dinheiro, ainda mais eu, pequeno. Nossa, era muito dinheiro 500 reais na época para pagar um classificado no jornal O Globo, do Rio de Janeiro. A jornalista ficou me ligando na empresa comercial do Globo. Não, faz o anúncio, faz o anúncio.
Fiz o anúncio, não vendi uma peça de queijo e gastei 500 reais. Hoje, a lição que tiro hoje, toda verba que tenho que posso gastar invisto no tráfego pago que é fora do orgânico. Ontem tive uma reunião com o gestor de tráfego e estou encantado com o nosso ROI que é aquele API que mede no retorno.
Estamos tendo um retorno acima do mercado também de 10 para 1. Ou seja, [00:40:00] cada um real investido consigo ter 10 reais de retorno. Então a taxa de conversão nossa está muito boa. Então o primeiro tiro no pé foi esse. Gastar dinheiro com anúncio Em jornal sendo que eu tinha que ter gastado com Google Ads, né, ou Facebook Ads.
O segundo tiro na pedra foi demorar muito para poder ter minha loja física, porque normalmente os negócios nascem no físico e migram para o virtual, né? Fiz o caminho reverso nasci na internet e vim para o varejo físico, né? Só, eu nasci em 2009 na internet e só em 2017 que fiz o varejo físico, né, e no detalhe Dan, várias pessoas falaram, não vai dar certo, não vai dar certo, vai fechar daqui a três meses, né, e graças a Deus, né, a nossa foi a primeira loja de queijo daqui de Alagoa e tá até hoje já, né, estamos em 2024, então assim, eu acho que um tiro no pé foi não ter colocado a loja física antes, eu demorei muito tempo para ter a loja física, né.
O terceiro tiro no pé [00:41:00] foi eu ter recusado de ir para o Shark Tank. Saiu uma matéria minha na revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, e eu recebi convite no dia seguinte, a produtora do Shark Tank me ligou, falou, Oswaldo, vai abrir o programa do Shark Tank, você se inscreve, porque queremos você no Shark Tank.
E eu fiquei feliz na hora, mas depois fiquei com medo, vou lá. Os caras vão me encher de perguntas vão querer comprar queijo da Alagoa, eu não quero vender queijo da Alagoa não quero, não quero, mas depois eu me arrependi por quê? o marketing que isso ia gerar, mídia espontânea porque depois fica gravado no YouTube fica gravado na Sony, passa Netflix então falei, caramba se hoje eu pudesse voltar eu não ia vender queijo da Alagoa, mas eu ia fazer um marketing eu ia entrar com a mala Ia fazer um estardalhaço lá naquele programa e no final eu falava, não quero vender não [00:42:00] nem que seja por 10 milhões, não quero vender enfim, mas foi um tiro no pé eu ter perdido essa oportunidade de ir no Shark Tank aqui em Minas tem um ditado que fala que cavalo arriado só passa uma vez selado, então acabei perdendo esse cavalo arriado, se por ventura passar de novo vou montar esse cavalo e vou no Shark Tank hahaha
Dan da @tudonalinha:
Chegou o momento que muita gente estava esperando, a entrada da velha guarda,
Mesmo que você não seja do Rio de Janeiro, conhece provavelmente o conceito da velha guarda, quando as escolas de samba entram no sambódromo São sempre os veteranos que desfilam na frente, eles simbolizam a história e a tradição da escola,
Hoje talvez já não luta do dia a dia, mas continuam sendo pilares de inspiração e sabedoria. É como caminhar nas sombras de gigantes, aproveitando o [00:43:00] legado que eles deixaram, em vez de começar tudo de zero. É exatamente isso que a nossa velha guarda representa.
Temos um convidado especial que vou apresentar em alguns instantes. Antes disso, vamos destacar os membros desse grupo incrível. Primeiro, o Rafael Pinto. Rafael trabalhou no Banco Mundial e na Organização dos Estados Americanos.
Ele tem experiência com negócios internacionais ajudando negociantes de fora e se conectaram com o Brasil e vice-versa.
Quem sabe, talvez, ele seja até um comprador de queijos em algum momento. Além disso, Rafael ministra cursos sobre soft skills, aquelas habilidades essenciais para construir bons relacionamentos no mundo dos negócios. O segundo, é o Leo Mattaraia. Que infelizmente não pode estar presente, mas deixou algumas [00:44:00] perguntas gravadas para nós.
Leo é engenheiro civil, e especialista em qualidade. Atualmente, ele se destaca por aplicar inteligência artificial em empresas Infelizmente, o grande Rodrigo Castro, que é brasileiro, que trabalha para o governo de Dubai em inovação e robôs e Rogério Bohn, professor no também administrador especializado em empresas familiares E o grande nome em qualidade no Brasil e do mundo, o Telmo Azambuja, não podem participar esta semana.
Mas, no lugar deles, eu convidei o Craftec, nosso chatbot. de inteligência artificial, membro da velha guarda Ela combina tecnologia do [00:45:00] ponto com o craft, aquela atenção humana aos detalhes que realmente valem a pena. A Craftec não apenas executa Ela representa o princípio do que a tecnologia pode ser, uma verdadeira parceira.
Uma parceira que não substitui, mas amplifica o que há de melhor no nosso trabalho. Vamos ouvir o que ela tem a dizer.
Dan da @tudonalinha: agora vamos começar com o Rafael, só para esclarecer, Oswaldinho. Isso aqui não é uma entrevista. formal.
É mais uma conversa no estilo da velha guarda, todo mundo falando ao mesmo tempo, rindo e trocando ideias de forma descontraída. Rafael, a palavra é sua.
Rafael Pinto da linktr.ee/rafrio: Osvaldinho, um prazer enorme sua [00:46:00] história inspiradora Para os empreendedores que estão escutando isso.
Muito obrigado pelo seu tempo. Através desse podcast, também queremos dar visibilidade. Não vai ser no nível do Shark Tank, mas vamos fazer a nossa parte para ajudar o seu marketing também, que realmente é muito bom. Eu já me inscrevi no Instagram. Obrigado novamente pelo tempo. Tenho algumas perguntas, Aliás uma você já respondeu sobre como construir a confiança com seus clientes Você explicou muito bem Como você trabalha a parte da recompra da qualidade, você explicou muito bem isso, então já foi respondida.
Tenho uma pergunta técnica e uma pergunta mais focada no relacionamento com as pessoas. A pergunta técnica, Oswaldo é como você busca novos produtores de queijo para você oferecer essa oportunidade de colaboração e convencê-los para trabalhar com você?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Na verdade, graças a Deus, a gente fez um trabalho tão bem feito aqui na Alagoa que eu não preciso ir atrás, eles me procuram, [00:47:00] vários me procuram. E aí, no caso, eu faço essa corodoria que expliquei para vocês, a minha esposa e eu somos muito criteriosos quanto ao sabor do queijo. Então, o queijo tem que ser feito com muita qualidade, com muito esmero, com muito carinho, com muito jeitinho, e o queijo tem que ser bom, tem que ser bom.
Então, todo queijo dá para a gente conseguir vender como a gente consegue vender os nossos queijos Então, a gente é criterioso nessa questão da qualidade. Como expliquei, eu creio que o ano que vem, eu focando 100% no queijo da Alagoa vou conseguir… ta demais… mais, porque várias pessoas me procuram Osvaldinha, meu queijo e tal, e são queijos bons são queijos excelentes, né, inclusive agora tem um parceiro que me procurou que tem queijo com selo arte e o queijo dele é uma delícia eu não consegui pegar ainda porque tenho que ter um tempo para poder tirar foto do produto, fazer vídeo daquele produto colocar no site, subir no site cadastrar no site, aí gera aquele numerozinho, fazer migração com a Blin, enfim, integração é um processo demorado, né, mas o ano que [00:48:00] vem, se Deus quiser, eu creio que consigo beneficiar mais produtores parceiros, mas sempre prezando pela qualidade Atendendo esse critério.
Oswaldo, de um lado, eu conheço bem a humanidade e de outro também conheço bem o dia a dia das pequenas cidades. É natural que enquanto algumas pessoas sejam fãs de você, outras acabam dizendo coisas como Ah, ele não faz tanto assim. Ou, ele está tentando roubar.
todos os negócios. E assim por adiante. Como a sua energia positiva, como você lidar com essas pessoas mais negativas, como você conseguir manter o foco no seu trabalho e seguir adiante apesar dessas críticas?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Olha Dan, mudou a minha cabeça depois que li uma [00:49:00] coisa assim, olha uma frase muito importante. Muitas pessoas vão gostar de você por quem você é. Algumas pessoas não vão gostar de você justamente por quem você é.
Então, eu tenho conhecimento tenho sensibilidade de tudo que Deus deu a graça a gente fazer nesses 15 anos por Alagoa. Tenho consciência do legado que vamos deixar para Alagoa a transformação que gerou, a economia a valorização do queijo. O vice-prefeito eleito, agora, o Charzinho, ele me falou, Osvaldinho, eu fui em todas as casas da zona rural de Alagoa Osvaldinho, como que melhorou as vidas das pessoas na zona rural.
Isso é gratificante a gente ouvir isso, porque, de certa forma, a gente contribuiu para isso acontecer. E aí, Dan, antigamente eu ficava chateado, rapaz, ficava chateado, me machucava, me entristecia, porque como a cidade é pequena, acaba um ou outro trazendo alguma informação, isso me [00:50:00] entristecia, mas agora, hoje, atualmente, Osvaldinho de 2024, não se abala mais por isso, eu não fico triste mais, porque eu já tenho consciência do resultado que entregamos para a cidade de Alagoa, a transformação que a gente gerou.
E graças a Deus, aqui em Alagoa, graças a Deus tenho um bom trânsito com os produtores, com as famílias, na sociedade, graças a Deus, sou muito respeitado, admirado pelo trabalho que fiz. É um ou outro que tem alguma coisinha, mas é ciúmes, é picuinha, é mentalidade muito medíocre, muito minúscula aí eu nem perco o tempo, nem perco a energia com essas pessoas.
Prefiro focar no trabalho que a gente faz bem feito, e graças a Deus, fora daqui, aonde chego, eu sou reconhecido, pessoas que eu nunca conheço me conhecem, já não conheço a pessoa, isso é gratificante demais. Fui agora para a BH Várias pessoas, Valdinho, posso tirar uma foto com você? Meu Deus, eu nem conheço essa pessoa, a pessoa me conhece.
É [00:51:00] gratificante isso, né? Isso paga toda a qualquer dissabor que a gente tenha com alguma pessoa aqui que não consegue compreender tudo que a gente fez, né? Mas hoje eu não perco mais tempo com isso não, né?
Rafael Pinto da linktr.ee/rafrio: Perfeito.Não, perfeito Oswaldo e sua resposta é bem clara Na vida e negócio, não podemos atender ou vender coisas para todo mundo. Temos que focar nas coisas que estão dando certo, buscar seus nichos. E como a pergunta é muito pertinente do Dan, é verdade, não podemos focar nas coisas negativas Então, parabéns por isso.
Uma pergunta, pensando no empreendedor escutando esse podcast, né? O empreendedor está começando agora, escutando a sua história. Você comentou sobre a sua experiência com o Instagram, como canal de vendas de comunicação e interação com o seu público, seja cliente ou produtor. Quais habilidades você acha que o empreendedor tem que ter Ou aprender para empreender?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: [00:52:00] Isso é baseado nas suas próprias experiências né? Com o Instagram, como você comentou fazendo vídeos. Quais habilidades o empreendedor deveria aprimorar e não ter medo de aprender? O que você passaria baseado na sua experiência? Por favor.Olha, excelente pergunta, como estamos hoje em dia numa era digital, o empreendedor que não estiver na rede social, ele não existe, acaba que a gente tem que ter, eu fui tomar um café voltando de Belo Horizonte, eu fui tomar um café no Graal, o Graal tem Instagram, Mas sabe aquela road to coffee? Não tem Instagram.
Eu queria marcar eles, não tinha. Puxa vida. Não tem Instagram. Tem que ter Instagram. Não verdade? Porque às vezes você está você perde a oportunidade de receber uma mídia espontânea porque você não está no Instagram. Então tem que ter o arroba. Cada empreendedor tem que ter o arroba. E acho que quanto antes ele aprender a mexer com rede social, hoje em dia dá para você publicar no Instagram o próprio post do Instagram já sai [00:53:00] no threads, já sai no Facebook.
Ou seja, você economiza. Um post que você faz já sai em três redes sociais. E uma dica que dou é não ficar só numa rede social. Tem que estar em mais de uma rede social. Por exemplo, o X, que era o antigo Twitter. É uma rede social que por muito tempo ficou muito assim que eu mesmo não dedicava muito.
Ultimamente tenho dedicado Ao X, que agora o Elon Musk comprou, depois que o Elon Musk comprou melhorou demais a plataforma e eu tenho tido resultado impressionante no Twitter que eu não tinha antigamente a entrega no Twitter está sendo absurda tem post que faço lá que alcança 50 mil pessoas agora quando completamos 15 anos, eu fiz uma brincadeira eu abri uma vaga para degustador de queijo imagina, quem que não quer receber em casa um kit de queijo no Instagram deu 80 [00:54:00] mil pessoas alcançadas com o post deu 10 mil comentários para você ter uma ideia, 10 mil participações para a vaga, lá no Twitter só de eu comunicar que eu ia fazer a vaga, deu 80 mil pessoas que recebeu o post, ou seja, é alcance orgânico sem pagar um centavo lá no Twitter que alcancei, então assim para o empreendedor que está ouvindo a gente O que percebo Rafael?
O Instagram está cada vez mais entregando menos. Ele está forçando você a patrocinar mais posts. Então, já lá no X, você consegue entregar uma entrega orgânica melhor. O Threads, quando estava suspenso o X... Por questões políticas, eu foquei mais no Threads. O Threads também conseguiu fazer a entrega orgânica dele alcançar muita gente.
Então, assim, eu acho que o empreendedor tem que estar na rede social. Primeira coisa, estar na rede social é aprender a mexer com a rede social, fazer post, não ter vergonha. E outra coisa, fazer post, tem post que é melhor? Vídeo, tem post melhor escrito. [00:55:00] Lá no X, funciona mais escrita. Como gosto muito de escrever, até acho que escrevo muito melhor do falo, eu amo o X Casadinhos, que eu escrevo pra caramba lá, entendeu?
No LinkedIn, LinkedIn também é uma rede social que uso para postar mais post escrito, né? Enfim acho que a dica, para quem tá ouvindo, é não ter vergonha da rede social. Vai para rede social, não tenha vergonha de falar do teu produto, não tenha vergonha de publicar o que você faz, né? Que creio que…
Ó, um exemplo, para fechar a conversa essa questão. Publiquei que eu tava dando palestra, o Sebrae me convida, as prefeituras me convidam para dar, tem uma palestra que é o poder do queijo no turismo. Conto minha história de empreendedorismo e falo que o queijo provo que o queijo é um atrativo de turismo, né?
E aí publiquei para você ver, eu publiquei que eu ia dar palestra. Através daquele post que eu publiquei dizendo que eu ia dar palestra, eu coloquei, olha, tal dia vou estar em tal lugar, tal dia em tal lugar, tal dia em tal lugar. Fiz, tipo assim, [00:56:00] agendinha de palestra para os próximos três meses. Daquele post eu consegui fechar uma palestra com uma montadora de carro para o próximo ano, né?
Lá em Resende. Olha que legal, um post que… Se eu tivesse vergonha, aí eu te pergunto, se eu tivesse vergonha de publicar cada palestra, eu perderia um contrato, né? Então consegui contrato com uma montadora de carro parparaoder… … ão assim, é formidável. Não tenha vergonha de fazer post.
Dan da @tudonalinha: Excelente.
Ok. Vou agora tocar as perguntas de Leonardo e depois nosso convidado vai ter uma pergunta para você.
Leonardo Mattaraia: Osvaldinho, parabéns por essa história de sucesso compartilhar toda essa trajetória que você como quarta geração está passando.
Agora uma pergunta que eu queria fazer. Como você consegue fazer a distribuição tão bem de um produto perecível como o queijo?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: bom, foi um desafio enorme a gente conseguir conciliar essa questão da logística. [00:57:00] Como eu já tinha falado, muito, um gargalo que o Brasil tem é a logística. A transportadora, às vezes a gente tem problema com a transportadora e também com o correio. Então, o que a gente faz? Nosso queijo, apesar de ser um produto perecível, ele é embalado a vácuo E ele é diferente dos demais queijos do Brasil.
Ele é um queijo de massa semidura, ele é macio e então ele aguenta o transporte não refrigerado. Então, o queijo vai embalado a vácuo ele vai bem embaladinho na caixinha, isso é importante também. E eu consigo, de norte a sul do Brasil, entregar queijo. Tem uma cliente legal, a Poliana, lá de Tefé. Ela é mineira e trabalha no Instituto de Biologia de Tefé Amazonas.
Ela falou, Osvaldinho… Embala duplamente o queijo, porque aqui chega de barco. E não é que o Correio entregou de barco lá. Então, graças a Deus, eu consigo, através dos TEDx, para alguns lugares, vai PAC, eu consigo entregar o queijo de forma que [00:58:00] chega sem estragar.
Dan da @tudonalinha: Osvaldinho, dentre os diversos prêmios que o Queijo da Alagoa venceu qual a premiação que mais te emocionou?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Olha, o que mais me emocionou foi o prêmio na França.
Olha, a premiação mais emocionante foi o primeiro prêmio na França, que foi em junho de 2017. Cheguei lá no salão, eram de três andares o salão, aí o Hugo da Canastra gritou, Osvaldinho, tem o quê de bronze?
E daí o pessoal que estava do meu lado começou a gritar, Brasil, Brasil, Brasil! E tinha japonês tinha americano tinha alemão tinha português do meu lado, eu glorificando a Deus de tanta alegria. Foi emocionante. Foi junho de 2017. Eu volto a repetir que foi um marco na nossa história, o primeiro prêmio da França.
Leonardo Mattaraia: A dúvida sempre do empreendedor, sendo nossos ouvintes é precificar seus produtos. Como [00:59:00] você precifica seu mix de produto? Quais as principais análises ou fórmulas que você utiliza?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: eu sempre procuro, isso fui aprendendo ao longo do tempo também, é muito difícil um cliente comprar um queijo de 5 quilos, então o volume é muito grande Então, o que eu aprendi ao longo desses 15 anos é ter queijo em fração.
Então, hoje eu consigo ter um queijo de R$40, consigo ter queijo de R$49, a cunha ou a metade do queijo. Aí ele fica bem precificado, porque a gente sempre procura valorizar o produtor, pagar mais para o produtor, acima do preço de praxe que tem aqui no mercado, a gente sempre procura valorizar o produtor.
E como a gente tem o custo também da empresa, então a gente coloca o custo da empresa, custo operacional, todos esses custos que a gente tem, mais a nossa margem [01:00:00] resultam num preço que fica acessível para o cliente e a maneira de a gente alcançar isso é fracionando o queijo. Quanto mais queijo fracionado, melhor de vender.
E tem um detalhe também que eu sempre falo, que trabalhe para ser referência e não ser o mais barato. Trabalhe para... Vou reformular aqui a frase. Trabalhe para ser procurado por ser uma referência e não o mais barato.
Osvaldinho, outra dúvida que surge recorrente sobre a concorrência. A concorrência a gente sabe que as margens estão cada vez mais baixas margens reduzidas, está difícil. O custo tanto de produção, de insumos e logística aumentou muito. E você precisa precificar e comparar os preços com concorrentes. Como você acompanha a variação dos preços dos seus concorrentes?
Sobre a concorrência, cada negócio vai ter esse desafio constante.
Atualmente a gente tem que sempre ter concorrência no radar, e [01:01:00] acaba que eu que fico mais no radar deles, do que eu monitorando eles. Sou mais monitorado do que eu que monitoro. Acaba que o nosso preço é o que dita a regra no mercado. Eu sempre percebo isso. Quando aumento o nosso queijo, a concorrência também aumenta.
E outro detalhe importante é que no nosso mercado do queijo, eu fiz um curso agora recente de queijista e mudou minha cabeça depois desse curso. Por quê? A gente sempre fica preocupado com o vizinho com a outra loja que vende queijo também, com outro site que vende queijo.
Dan da @tudonalinha: Mostrando que até a velha guarda pode ser inovativa e para vocês conhecerem nossa amiga virtual Chamada Craft Tech, inteligência artificial para a velha guarda do podcast maisQDEmais
alô, Craftec, quero saber se você tem uma pergunta como membro do Velho Guarda para o nosso convidado, Oswaldo Filho.
Perfeito. Aqui vai à pergunta como amiga [01:02:00] virtual da Velha Guarda Craft Tech.
Craftech: Oswaldo, você trouxe a importância de agir com energia e paixão, colocando a mão na massa sem medo. Mas, no início, como você conseguiu convencer os primeiros clientes a confiar em um produto artesanal vendido online, algo tão novo naquela época?
O que você fez para quebrar essa resistência?
Osvaldinho da @queijodalagoamg: Muito boa a pergunta, viu? E eu vou responder como que fiz. Acho que eu nunca contei isso em lugar nenhum, né? Primeira vez que me perguntam isso. Eu entrava Dan, ... É, Rafael, eu entrava em blogs, na época os blogs estavam em explosão em 2009, eu entrava em blog de gastronomia em receitas de pão de queijo, em receitas onde traziam uso de queijo, e no comentário eu falava vocês precisam conhecer...
Fazer essa receita com o nosso queijo, né? E colocava o link do site, né? Foi assim que consegui as primeiras vendas, né? E aí, em 2010, a virada de chave foi que eu [01:03:00] conheci o Bruno Cabral,
Estava fazendo um trabalho com queijo artesanal e aí ele comeu o queijo Ele que me falou que o nosso queijo não era parmesão, que era queijo artesanal. E aí busquei parceria da Embrapa para poder reconhecer certificar o queijo artesanal Alagoa O governo de Minas abraçou a causa em 2010, 2020. Nós conseguimos a certificação de queijo artesanal Alagoa, Mas começou pelo blog, comecei pelo blog, eu comentava nos comentários falando, olha, compra o nosso queijo que você vai fazer a receita com ele e vai gostar.
Dan da @tudonalinha: Hoje, exploramos a transformação que Oswaldo trouxe ao mercado de queijos artesanais. Mas não se engane, não foi só sobre seguir tendências ou buscar mudanças por mudar. Foi sobre algo mais profundo, uma visão enraizada na tradição, mas com os olhos no futuro, disrupção Não é o ponto de partida. Quebrar o [01:04:00] status quo por si mesmo pode levar ao fracasso.
O que faz diferença é propósito. Oswaldo não queria apenas mudar as coisas, Ele acreditava que o passado e o futuro podem se encontrar à mesa, em um pedaço de queijo. que carrega a alma de uma cultura. Imagine Oswaldo lá, em Lagoa, enfrentando leis rígidas, estradas de terra, e ouvindo vender queijo artesanal online.
“Isso não vai dar certo.” Mas ele continuou Enquanto os outros viam tempestades de poeira no caminho, com sua energia positiva e um olhar otimista, ele abriu caminhos.
Ele sabia que não era só sobre queijo.Negócios precisam de alma. Sem propósito não importa qual [01:05:00] eficiente você seja sempre falta algo essencial Oswaldo nos mostrou que inovação não precisa destruir ele pode construir sobre o que já é valioso e ele nos mostrou alguma mais o poder transformador de uma mentalidade positiva sua energia inspira Porque é contagiante.
Quem encontra Oswaldo sente que tudo é possível. Não é sobre ser perfeito e sobre dar o primeiro passo. É você. O que tem Move? Qual é a visão que dá alma ao seu negócio? Como você pode honrar o que já é importante e, ao mesmo tempo, criar algo novo? Participe de nossa comunidade. Assine o podcast. Faça nossos cursos ou venha conhecer o método IDW in a workshop.
Não deixe suas ideias no [01:06:00] papel. Traga-as vida. Vamos juntos transformar o mundo. E compra toneladas de queijo da Alagoa. Vou deixar algumas fotos dos.
Com o link para o Instagram dele na descrição abaixo.
Até o próximo episódio de Mais que Demais.
em duas semanas, Feliz Natal.
Osvaldinho da @queijodalagoamg: show, show.
Valeu parabéns por tudo. Parabéns por tudo aí. Participação Tchau, tchau. Parabéns, Tchau.